sábado, 28 de maio de 2011

A COMEMORAÇÃO DO BICENTENÁRIO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS

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Pisando no Salmo 133:


Ó QUÃO "BOM" E QUÃO "SUAVE" É

QUE OS "IRMÃOS" VIVAM EM CONFUSÃO.


Dois convites - duas comemorações - dois lugares diferentes - duas Igrejas


CONVITE DA CONGREGAÇÃO MÃE
CONVITE AD.MAE


CONVITE DA CGADB
CONVITE CGADB



João Cruzué

Se você ainda não entendeu a mensagem, da comemoração de "200 anos", eu explico. No mês de junho a Congregação mãe da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Belém do Pará vai comemorar os 100 anos da chegada dos missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren chegaram ao Brasil, onde estabelecera uma Igreja pentecostal, em obediência a voz do Espírito Santo.

A congregação mãe sob os missionários cresceu e se espalhou pelo Brasil. Gerou milhares de outras. E dessas outras, uma grande associação foi criada e hoje é um braço político-religioso das Assembleias de Deus: A CGADB.

Por razões que não tenho espaço para explicar aqui, houve um rompimento em um passado recente entre a liderança da Igreja "mãe" e as lideranças da CGADB. Como a cizânia foi além do ponto de volta, no mês do centenária, cada uma vai fazer a sua comemoração lá na Cidade de Belém. 100 anos cada uma. E o resultado de 100 + 100 na Aritmética dá 200. Entretanto para os que são espirituais esta conta dá outro resultado: 100 + 100 vai dar SEM! Sem amor, sem comunhão, sem testemunho, sem exemplo, sem consideração, sem apoio, sem a presença de Deus, sem humildade, sem união, sem graça, sem cultura, sem habilidade política, sem entendimento, sem compromisso, sem JESUS!

A prova são os dois convites acima. Cada um convida para comemorar um Centenário diferente. Em lugares diferentes, dias diferentes e cultos diferentes.
Embora eu não concorde de jeito nenhum com muitas atitudes do Pr. Samuel Câmara, ele é de fato e de direito o Pastor da congregação de Belém do Pará, denominada a Igreja mãe, a primeira, o início das Assembleias de Deus no Brasil. Ponto.
Não há como apagar isto da História da Igreja.

Como não há nenhuma comunhão entre os dois grupos, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus vai colocar mais um prego nas mãos de Cristo e compuscar a memória dos dois grandes missionários com uma comemoração exdrúxula, sectária, egoísta, carnal e hipócrita. Tudo o que estes líderes pregam nos púlpitos, pode até emocionar você e eu, mas que a presença do Espírito Santo ó...já se foi! Icabô!


Todo aleluia que for dado nessa comemoração vai ser uma ofensa a Deus, porque YAVÉ não é Deus de confusão.


E eu não tenho nenhuma outra palavra para descrever estes "dois" centenários que estão querendo comemorar a não ser esta: CONFUSÃO.



A causa da queda do Airbus voo 447 Air France

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RELATÓRIO DO BEA EM PORTUGUÊS
(DEPOIS DOS COMENTÁRIOS)


João Cruzué

Da minha leitura do Relatório de Atualização das possíveis causas da queda do voo 447 da Air France, publicado hoje - 27/05/11, observei o seguinte:

O Comandante foi descansar (dormir) e deixou o comando da aeronave para seus dois copilotos.

Quando a turbulência esperada chegou, o piloto automático foi desligado, passando para o comando manual do piloto.

Durante a turbulência o copiloto observou leituras de velocidade estranhas e tomou a iniciativa de levantar o nariz do Airbus. Isto traz à discussão o assunto dos pitots, muito comentando na época da queda, como responsáveis indiretos pela queda.

O Comandante foi chamado várias vezes. (From 2 h 10 min 50, the PNF tried several times to call the Captain back.)

Quando o Comandante retornou a cabine, o avião já havia estolado - voo de bico para cima além do ponto de controle de estabilização. (At around 2 h 11 min 40 s, the Captain re-entered the cockpit.)

Nos 03 minutos seguintes o avião caiu. Se o Comandante podia fazer alguma coisa, ele chegou tarde demais. O avião empinou tanto o bico até que perdeu sua capacidade de sustentação no ar.

Em uma leitura leiga e interpretação não técnica: o avião caiu literalmente de ré.

(the descent lasted 3 min 30, during which the airplane remained stalled. The angle of attack increased and remained above 35 degrees)



SEGUE O ÚLTIMO RELATÓRIO COPIADO DO SITE DO BEA



PREFÁCIO ESPECIAL AO TEXTO PORTUGUÊS

Este texto foi traduzido e publicado pelo BEA a fim de facilitar a leitura pelos leitores brasileiros. Tão exata quanto a tradução possa ser, é o texto original em francês que deve ser considerado como o trabalho da referência


Histórico do voo

No domingo, 31 de maio de 2009, o Airbus A330-203, matrícula F-GZCP, operado pela Air France foi programado para efetuar o voo regular AF447 entre o Rio de Janeiro Galeão e Paris Charles de Gaulle. Doze tripulantes (3 PNT, 9 PNC) e 216 passageiros estão a bordo. A partida está prevista para as 22 h 00(1).

Às 22 h 10 a tripulação teve permissão para ligar os motores e deixar o pátio. A decolagem ocorreu às 22 h 29. O comandante de bordo é PNF, um dos copilotos é PF.

O peso na decolagem foi de 232,8 t (para um MTOW de 233 t), e incluia 70,4 toneladas de combustível.

À 1 h 35 min e 15 s, a tripulação informou o controlador ATLÂNTICO que passou o ponto INTOL e anuncia a seguinte estimativa: SALPU às 1 h 48 e ORARO às 2 h 00. Ela também transmite o seu código SELCAL e um teste é realizado com sucesso.

À 1 h 35 min 46 s, o controlador pediu que ele mantivesse FL350 e informasse sua estimativa para o ponto TASIL.

À 1 h 55, o comandante de bordo despertou o segundo copiloto e disse «[...] vá tomar o meu lugar».

Entre 1 h 59 min 32 s e 2 h 01 min 46 s , o comandante de bordo participou do briefing com os dois copilotos, onde PF disse principalmente que «um pouco de turbulência que você acabou de ver [...] devemos encontrar outras mais à frente [...] estamos na camada de nuvens, infelizmente não podemos subir muito agora porque a temperatura está diminuindo menos rapidamente do que o esperado» e que «o logon com Dakar falhou».

O comandante de bordo deixou a cabine.

A aeronave se aproxima do ponto ORARO voando ao nível de voo 350 e à velocidade Mach 0,82; a atitude longitudinal é de cerca de 2,5 graus. O peso e o centro de gravidade do avião são de cerca de 205 toneladas e 29%. O piloto automático 2 e auto-impulsão são ativados.

Às 2 h 06 min 04 s, o PF chamou os PNC e lhes disse que «em dois minutos devemos atacar uma área mais agitada do que agora e devemos ter cuidado lá» e acrescenta: «eu lhe ligo logo que temos que sairmos de lá».

(1)O tempo universal (TU) é a referência de tempo utilizado na aviação.

As 2 h 08 min 07 s, o PNF propõe «você pode, possivelmente, levar um pouco para a esquerda [...]». A aeronave começou uma ligeira virada para a esquerda ; o desvio em relação à rota inicialmente seguida é de cerca de 12 graus. O nível de turbulências aumenta ligeiramente e a tripulação decide reduzir o Mach para 0,8.

A partir das 2 h 10 min 05 s, o piloto automático e em seguida a auto-impulsão são desativados e PF anuncia «Eu tenho os comandos».

A aeronave rolou para a direita e PF exerce uma ação à esquerda e de elevação do nariz.

O alarme de queda dispara duas vezes.

Os parâmetros registrados mostram uma queda brutal de cerca de 275 kt para 60 kt da velocidade mostrada do lado esquerdo e poucos momentos depois a velocidade é mostrada no instrumento de resgate (ISIS).

Nota 1: apenas as velocidades mostradas no lado esquerdo e no ISIS foram registradas no registrador de parâmetros; a velocidade mostrada no lado direito não foi registrada.

Nota 2: o piloto automático e a auto-impulsão permaneceram desligados até o final do voo.

As 2 h 10 min 16 s, o PNF disse «perdemos as velocidades» e em seguida «alternate law {...]».

Nota 1: a incidência é o ângulo entre o vento relativo e o eixo longitudinal da aeronave. Esta informação não foi apresentada aos pilotos.

Nota 2: em regras alternative ou directe, as proteções em incidência não estão mais disponíveis, mas um alarme de perda (stall warning) é ativado quando o maior dos valores de incidência válidos excede um determinado limite.


A atitude da aeronave aumenta gradualmente para acima de 10 graus e leva a uma trajetória ascendente. PF exerce ações de pique e alternadamente da direita para a esquerda. A velocidade vertical, que tinha atingido 7.000 pés/min, diminuiu para 700 pés/min e a rolagem varia entre 12 graus à direita e 10 graus à esquerda. A velocidade mostrada à esquerda aumentou brutalmente para 215 kt (Mach de 0,68). A aeronave se encontra então a uma
altitude de cerca de 37.500 pés e a incidência registrada é de cerca de 4 graus.

A partir das 2 h 10 min 50 s, o PNF tentou por várias vezes chamar o comandante de bordo.

Às 2 h 10 min 51 s, o alarme de queda soa novamente. Os manches de controle de impulso são colocados na posição TO/GA e o PF mantém sua ordem de elevar o nariz. A incidência registrada, de cerca de 6 graus no disparo do alarme de queda, continua a aumentar.

O estabilizador horizontal regulável (PHR) passa de 3 para 13 graus ao levantar o nariz por 1 minuto aproximadamente; ele permanecerá nesta última posição até o fim do voo.

Quinze segundos depois, a velocidade mostrada no ISIS aumenta abruptamente para 185 kt ; ela é consistente com a outra velocidade registrada.

PF continua a dar ordens de elevar o nariz. A altitude da aeronave atinge o seu máximo em cerca de 38.000 pés, sua atitude e sua incidência são de 16 graus.

Nota: a inconsistência entre as velocidades indicadas no lado esquerdo e na ISIS durou pouco menos de um minuto.

Às 2 h 11 min 40 s, o comandante de bordo retorna à cabine. Em poucos segundos, todas as velocidades registradas se tornam inválidas e o alarme de perda pará.

Nota: quando as velocidades medidas são inferiores a 60 kt, os valores medidos das incidências são considerados inválidos e não são considerados pelos sistemas. Quando são inferiores a 30 kt, os valores de velocidade por si só são considerados inválidos.

A altitude está, então, em cerca de 35.000 pés.

A incidência ultrapassa 40 graus e a velocidade vertical é de aproximadamente -10.000 pés/min.

A atitude da aeronave não excede 15 graus e os N1 dos motores estão perto de 100%.

A aeronave sofre oscilações de rolagem que atingem por vezes 40 graus.

O PF exerce uma ação no manche no limite para a esquerda e de levantar o nariz, que dura cerca de 30 segundos.

As 2 h 12 min 02 s, o PF disse «eu não tenho mais nenhuma indicação», e o FNP disse «não temos nenhuma indicação que seja válida».

Neste ponto, os manches de comando de impulsão estão na posição IDLE (ponto morto), os N1 dos motores estão em 55%.

Quinze segundos depois, o PF faz ações de pique.

Nos instantes que se seguem, houve uma diminuição da incidência, as velocidades tornam-se novamente válidas e o alarme de queda é reativado.

Às 2 h 13 min 32 s, PF disse «vamos chegar ao nível 100». Cerca de quinze segundos depois, ações simultâneas dos dois pilotos nos mini-manches são registradas e o PF diz «vamos lá, você tem os comandos».

A incidência, quando válida, está sempre acima de 35 graus.

Os registros param às 2 h 14 min 28 s. Os últimos valores registrados são velocidade vertical de -10.912 pés/min, velocidade de solo de 107 kt, atitude de 16,2 graus de elevação do nariz, rolagem de 5,3 graus à esquerda e um rumo magnético de 270 graus.


Novos fatos estabelecidos

Nesta fase do inquérito, além dos relatórios do BEA, de 2 de Julho e de 17 de Dezembro de 2009, os novos fatos a seguir foram estabelecidos:

A composição da tripulação estava em conformidade com os procedimentos do operador.

No momento do evento, a massa e o centro de gravidade estavam dentro dos limites operacionais.

No momento do evento, os dois copilotos estavam na cabine e o comandante de bordo em repouso, este último voltou para a cabine cerca de 1 minuto 30 s após a retirada do piloto automático.

Houve uma inconsistência entre a velocidade indicada no lado esquerdo e a indicada no instrumento de resgate (ISIS). Durou pouco menos de um minuto.

Após o desligamento do piloto automático: a aeronave subiu para 38.000 pés; o alarme de perda soou e o avião entrou em perda ; as ordens de PF foram principalmente de elevar o nariz;

A queda durou 3 min 30 s, durante o qual a aeronave permaneceu em situação de queda.

A incidência aumentou e se manteve acima de 35 graus; os motores estavam em funcionamento e sempre responderam aos comandos da tripulação.

Os últimos valores registrados são atitude de 16,2 graus de elevação do nariz, rolagem de 5,3 graus na esquerda e velocidade vertical de -10.912 pés/min.






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quarta-feira, 11 de maio de 2011

PL 122 vai ser votado no senado amanhã



Compilado por João Cruzué.


RELATORA: Senadora Marta Suplicy


Vai ser votado no Senado amanhã, quinta-feira - 12.maio.2011



I – RELATÓRIO

Vem ao exame da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) o Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 122, de 2006 (Projeto de Lei nº 5.003, de 2001, na Câmara dos Deputados), de autoria da Deputada Iara Bernardi. Essa proposição visa alterar a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que trata da punição de crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

O projeto aprovado pela Câmara e encaminhado ao Senado Federal para revisão, de início, amplia a abrangência da Lei nº 7.716, de 1989, acrescentando-lhe à ementa e ao art. 1º da lei as motivações de “gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero”.

Além dessa providência, o projeto altera os demais artigos da referida lei para que, em todos os tipos penais ali previstos, seja também considerada a motivação da discriminação ou preconceito de “gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero”.

No que respeita à discriminação no âmbito do trabalho, o projeto acrescenta dispositivo que tipifica como conduta criminosa a de motivação preconceituosa que resulte em “praticar, o empregador ou seu preposto, atos de dispensa direta ou indireta”.

Também é acrescentado como crime “recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador”, para “impedir, recusar ou proibir o ingresso ou a permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento, público ou privado, aberto ao público”.

No âmbito educacional, a proposição amplia a tipificação definindo como crime “recusar, negar, impedir, preterir, prejudicar, retardar ou excluir, em qualquer sistema de seleção educacional, recrutamento ou promoção funcional ou profissional”.

Também, o projeto trata das relações de locação e compra de imóveis, acrescentando, à lei, o crime de “sobretaxar, recusar, preterir ou impedir a locação, a compra, a aquisição, o arrendamento ou o empréstimo de bens móveis ou imóveis de qualquer finalidade”.

Por fim, entre outras modificações feitas na Lei nº 7.716, de 1989, são acrescentados dois artigos que definem como crime “Impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público”, em virtude de discriminação; e “Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou cidadãs”.

No que se refere às alterações do Código Penal, o projeto de lei sob exame acrescenta à denominada “injúria racial” as motivações decorrentes de “gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero, ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.

Quanto à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o projeto acrescenta-lhe dispositivo com a seguinte redação: “Fica proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso a relação de emprego ou sua manutenção, por motivo de sexo, orientação sexual e identidade de gênero, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade, ressalvadas, neste caso, as hipóteses de proteção ao menor previstas no inciso XXXIII do caput do art. 7º da Constituição Federal”.

A Deputada Iara Bernardi, [de Sorocaba] autora do projeto, argumenta que o objetivo da proposta é o “fim da discriminação de pessoas que pagam impostos como todos nós”. É, também, a “garantia de que não serão molestados em seus direitos de cidadania”, prevalecendo o que determina o art. 5º da Constituição Federal, segundo o qual “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

Inicialmente distribuído a esta Comissão e, também, à deConstituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o PLC nº 122, de 2006, por força da aprovação de requerimento, foi encaminhado à apreciação da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde recebeu parecer favorável nos termos de substitutivo apresentado pela relatora, Senadora Fátima Cleide.

Em seu substitutivo, a Senadora Fátima Cleide considerou quatro pressupostos:

· Não discriminação: a Constituição Federal em seu art. 3º, IV, estabelece que constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil promover o bem de todos, sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação;

· Intervenção mínima para um direito penal eficaz: na contramão das correntes conservadoras que pregam um direito penal máximo, um Estado Penal, o substitutivo partiu da idéia de que o direito penal, por ser o mais gravoso meio de controle social, deve ser usado sempre em último caso e visando tão somente ao interesse social; nesse sentido, as condutas a serem criminalizadas devem ser apenas aquelas tidas como fundamentais;

· Simplicidade e clareza: o substitutivo faz a nítida opção por uma redação simples, clara e direta, com pequenas modificações na Lei nº 7.716, de 1989, e no Código Penal;

· Ampliação do rol dos beneficiários da Lei nº 7.716, de 1989, que pune os crimes resultantes de preconceito e discriminação. É importante ressaltar que, além da criminalização da homofobia e machismo, inscrita no texto aprovado pela Câmara dos Deputados, o substitutivo tipifica como crime a discriminação e o ls2011-00994 preconceito de condição de pessoa idosa ou com deficiência.

De fato, a inovação do substitutivo foi trazer para a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, esses dois segmentos sociais, já beneficiados pelo § 3º do art. 140 do Código Penal.

Após análise desta Comissão, O PLC nº 122, de 2006, deverá seguir para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde será avaliado. Nesta comissão, não foram apresentadas emendas.


II – ANÁLISE

Veja o restante Senado 89821.pdf

Toda tramitação do Projeto até 11.05.2011: Tramitação PLC -79604





quarta-feira, 4 de maio de 2011

Biografia de Osama bin Laden

João Cruzué

Antes de fazer a leitura desta tradução, gostaria que soubesse meu propósito com ela. Antes de traduzir a biografia de bin Laden eu queria saber como foi que um rapaz tímido, de família numerosa, e abastatada teve uma mudança de mente tão brutal.

Ao longo da tradução percebi que ele escolheu pessoas erradas para serem mentores de sua vida espiritual. Primeiro se encantou com um professor palestino, teólogo do Islã. Depois se apegou às ideias do médico egípcio Ayman al Zahari (hoje o número 1 da al-Qaeda). Estes mentores pertenciam a um grupo radical do Islã conhecido como Irmandade Muçulmana.

Em uma recente pesquisa, ainda por comprovar, ouvi que comunidades radicais muçulmanas criam cerca de 900 sites de doutrinamento (e recrutamento) por ano. Tendo acontecido tal ação, inclusive, no Brasil.


fonte: Telegraph.com.uk

Tradução de João Cruzué

Osama bin Ladem, 54 anos, morto hoje, dia 02 de maio 2011, no Paquistão por um grupo de elite da marinha americana, era o terrorista internacional mais procurado e o arquiteto presumido do evento chocante de 11 de setembro de 2001, quando dois jatos foram arremetidos contra as torres gêmeas do World Trade Center em Nova York matando cerca de 3.000 inocentes.

Bin Laden tornou-se depois disso no ícone antiocidental da militância islâmica radical. Mas nem sempre ele foi visto como um inimigo do Ocidente. Durante a guerra do Afeganistão contra a União Soviética, ele e seus aliados, os Mujaidines, foram reconhecidos como defensores da liberdade contra a opressão comunista.

Sua organização, al-Qaeda, [a Base] era formada de militantes islâmicos independentes e grupos jihadistas que naqueles dias de conflito formaram uma coalizão que inicialmente tinha como objetivo fomentar uma guerra santa contra os maometanos dentro dos países muçulmanos considerados "descrentes".

Até Bin Laden aparecer em cena, as redes terroristas eram operadas, geralmente, por "países fora da lei" como o Iraque, Líbia ou eram agentes desses estados.

A organização de Bin Laden foi a mais mortífera, pois seguiu a sua própria agenda fanática enquanto compartilhava sua capacidade de operar equipamentos mortais aos países patrocinadores

O objetivo inicial de Bin Laden era transformar todas as terras muçulmanas e os lugares sagrados em um "califado" sob a estrita lei islâmica, e na década de 1990, extremistas treinados nos campos da Al-Qaeda tornaram-se um facor de desestabilização no Oriente Médio.

Na Argélia, liderou o Grupo Islâmico Armado na terrível guerra civil que eclodiu em 1992. No Egito, liderou a luta para derrubar o governo de Hosni Mubarak apoiado pelos EUA, e estiveram por trás do massacre de turistas em Luxor em 1997.

Eles lutaram na Bósnia, Chechênia, Tadjiquistão, Caxemira e até nas Filipinas.

O caminho para a 9 de setembro começou em 1990 quando uma força de 800 mil soldados liderada pelos Estados Unidos, chegou à Arábia Saudita após a invasão do Kuwait pelo ditador iraquiano Saddam Hussein. Para Bin Laden, a presença da América representava uma violação dos mais sagrados santuários do Islã e da prova da corrupção irremediável do regente da dinastia Al Saud.

Como consequência, ele prometeu "libertar os Lugares Santos", em uma jihad (guerra santa) contra a superpotência norte-americana e seus acólitos na região.

Na corrida até 11/09, os terroristas da Al-Qaeda foram responsabilizados por uma série de ataques contra alvos norte-americanos, incluindo o assassinato, em 1996, de 19 soldados americanos em Riyadh, Arábia Saudita, os ataques, em 1998, das embaixadas americanas no Quênia e Tanzânia, que mataram mais de 250 pessoas e feriram mais de 5.500, e em 2000 o torpedeamento do destróier da Marinha US Cole durante uma breve parada para reabastecimento no Aden, que matou 17 militares dos EUA.

Não havia nada de inevitável em 11/09. Ataques anteriores da Al-Qaeda haviam deixado um rastro de pistas que poderiam ter sido seguidas - mas não foram

A história de Osama bin Laden é também uma história da burocracia idiota dos serviços de inteligência americanos, um erro tático de cálculo e o mais retumbante fracasso político da administração americana.

Osama bin Mohammed bin Laden nasceu em Riyadh, Arábia Saudita, em 10 de março de 1957. Seu pai, Mohammed bin Awad bin Laden, começou como um trabalhador analfabeto das docas no Iêmen antes de comprar uma passagem em uma caravana de camelos para o recém-criado Reino da Arábia Saudita.

Lá ele trabalhou como porteiro, poupou dinheiro, e em 1931 fundou sua própria empresa de construção civil. Durante a década de 1950 ele subcontratou outros empreiteiros para trabalhar nos palácios do rei Abdel-Aziz al Saud.

Tornou-se íntimo do rei, que lhe concedeu um contrato de exclusividade para transformar Meca e Medina, e (pelo menos em teoria) o Domo da Rocha em Jerusalém. Ele também tornou-se próximo ao príncipe Faisal, que iria substituir Abdel-Aziz no trono em 1964.

Como resultado, Mohammed e sua família se tornou muito rica mesmo para os padrões da Arábia Saudita, e a construtora da família abriu negócios e subsidiárias em todo o Oriente Médio, muitas vezes forjados por laços de casamento.

Mohammed teve um total de 22 mulheres. Quatro de cada vez, por causa da lei do divórcio. Osama (que significa "leão" em árabe) foi o 17º dos 52 ou 53 filhos de Mohammed. Sua mãe, nascida na Síria, chamava-se Alia Ghanem, era a 10ª esposa de Mohammed e a menos favorecida de suas quatro esposas na época (uma reivindicação reforçada na época pelo fato de que Osama era seu filho único).

Dizem que Osama se ressentia de viver à sombra de seus meio-irmãos e de ser chamado por alguns de seus parentes como " o filho da escrava".

Quando ele tinha quatro ou cinco anos seu pai se divorciou de sua mãe e a deu a um dos executivos de sua companhia, Mohammad al-Attas, com quem ela teve vários outros filhos.

Logo depois, Mohammed Bin Laden morreu em um acidente de avião a poucos dias de se casar com a 23ª esposa. Seus bens passaram para seus filhos sob a forma de ações da empresa da família.

As estimativas da parte que coube a Osama foi de 35 milhões de dólares (o valor indicado por fontes próximas à família) para US$250 milhões, conforme afirmaram as autoridades norte-americanas em 1991. Enquanto a maioria dos irmãos de Osama foram enviados ao Líbano para serem educados, Osama permaneceu em Jeddah e se matriculou na al-Thager, a melhor escola da cidade.

Ele era tímido, imaturo e pouco brilhante, mas com a idade de 14 parece ter experimentado algum tipo de despertamento religioso, possivelmente influenciado por um professor de ginástica sírio carismático que pertencia à Irmandade Muçulmana.

Como resultado, ele parou de assistir os filmes ocidentais que tanto gostava e se recusou a vestir de maneira ocidental fora da escola. Seus pontos de vista religiosos foram endurecidos na Universidade King Abdel Aziz University, em Jeddah, onde estudou Economia e Administração Pública no final dos 70s.

Lá ele foi inspirado pelos escritos de Sayyid Qutb, uma das maiores figuras da Irmandade Muçulmana e do Islã radical. Qutb, que foi executado pelas autoridades egípcias, em 1966, alegou que as sociedades modernas, incluindo a maioria de origem islâmica, estão em "jahiliyyah", o estado de ignorância que existia na Arábia pré-islâmica perante as perfeitas revelações do Corão.

Verdadeiros muçulmanos, Qutb disse, devem se libertar do "garras da sociedade pré-Islâmica" pela jihad. Bin Laden saiu cedo da universidade para trabalhar na empresa da família, mas em 1979 descobriu a causa que iria mudar sua vida, quando os soviéticos lançaram uma invasão do Afeganistão.

"Eu fiquei furioso e fui para lá de vez", afirmou, embora alguns relatos sugerem que ele não esteve lá até 1984. A figura-chave de sua participação foi Abdullah Azzam, um teólogo carismático palestino que ensinava na Universidade King Abdel Aziz.

Imediatamente após a invasão soviética, Azzam emitiu uma fatwa (édito religioso), declarando que ambas as lutas afegãs e palestinas eram jihads em que era dever de todo muçulmano aderir. Logo depois ele se mudou para Peshawar, no Paquistão, onde Bin Laden se juntou a ele.

Em 1984, eles estabeleceram o Maktab al-Khadamat (Escritório de Serviços) para organizar pousadas em Peshawar e campos de treinamento paramilitares no Afeganistão para recrutamento internacional para a frente de batalha na guerra afegã.

O grupo de Bin Laden se tornou um canal para os radicais que queriam lutar no Afeganistão, e Osama Bin Laden surgiu como um talentoso levantador de fundos, persuadindo os indivíduos ricos, incluindo os membros da família real saudita, a contribuir para a causa.

Ele trouxe o equipamento da empresa de sua família para construir túneis, campos e refúgios nas montanhas. Em 1986, ele estabeleceu seu próprio campo de treinamento para os árabes do Golfo Pérsico chamado al-Masadah, ou cova dos leões.

Na verdade nunca houve mais do que de 2.000 árabes lutando ao mesmo tempo - comparado com cerca de 250.000 combatentes afegãos e os 125.000 soldados soviéticos. Eles eram um ragbag, variando de radicais descontentes e fanáticos suicidas para adolescentes ricos à procura de aventura. Os jornalistas que cobriam o conflito os viam como um curioso espetáculo à parte, separado dos outros combatentes no conflito por sua obsessão ao martírio e sua indisciplina

Muitos combatentes afegãos os consideravam com desprezo mal-disfarçado. Após uma série de humilhações (durante uma briga em 1986, os afegãos pediram a Bi Laden para retirar suas forças, porque eram mais um obstáculo do que uma ajuda), nos últimos dias da guerra, em 1987, Bin Laden ajudou a liderar os árabes afegãos na defesa Lion Den contra o ataque por tropas soviéticas.

Do ponto de vista soviético a batalha foi um pequeno episódio em sua retirada do Afeganistão, mas para Bin Laden e seus seguidores era a prova divina de que eles haviam esmagado os poderosos soviéticos.

A essa altura, a política de Bin Laden havia se mudado para uma direção mais radical. Por volta de 1986 ele conheceu Ayman al-Zawahiri, um cirurgião oftalmologista de uma família de notáveis ​​egípcia e, como membro da Jihad Islâmica Egípcia, um oponente de longa data do regime secular de Hosni Mubarak.

Zawahiri tinha se mudado para Peshawar, depois de passar vários anos em uma prisão do Cairo, de onde ele surgiu amargurado, determinado e sem dinheiro. Bin Laden era exatamente o que estava procurando. O principal obstáculo às ambições de Zawahiri foi Azzam, o mentor espiritual de bin Laden. Ao contrário dos outros voluntários árabes, Zawahiri não se aproximou de Azzam, quando ele chegou ao Afeganistão.

Desde o início, concentrou seus esforços para ficar perto de Bin Laden. Ele logo conseguiu colocar membros de confiança da Jihad Islâmica em posições chave na comitiva de Bin Laden, enquanto ia se tornando cada dia mais indispensável

Bin Laden sofria de pressão arterial baixa, Zawahiri forneceu-lhe os cuidados médicos pessoais. A ruptura definitiva de Bin Laden com Azzam aconteceu quando entraram em uma disputa sobre o âmbito da jihad. Sob influência de Zawahiri bin Laden previa uma legião pan-árabe, que acabaria por jihad na Arábia Saudita e Egito. Azzam tinah forte oposição em fazer a guerra contra outros muçulmanos, o que limita as suas ambições para expulsar os soviéticos do Afeganistão.

Em 24 de novembro de 1989, Azzam e dois de seus filhos foram mortos em um carro-bomba quando se dirigiam a uma mesquita em Peshawar. Há suspeitas de que Bin Laden ou Zawahiri ordenou o atentado, embora nunca houve nenhuma prova definitiva.


Em Março de 1989 as forças de bin Laden estiveram implicadas no cerco de Jalalabad, um episódio marcado como o começo do colapso do governo Marxista afegão depois da retirada soviética.

Quando o cerco entrou em vigor, as forças do governo em Jalalabad começaram a negociar os termos da rendição com os Mujaidines afegãos nativos. As negociações foram suspensas, contudo, quando os seguidores de bin Laden executaram aproximadamente 60 comunistas que se renderam, cortando seus cadáveres em pequenas partes pendurados atrás de um caminhão rodando pela cidade.

Apesar dos pedidos de desculpas e garantias da segurança dos líderes da resistência afegã, os comunistas suspenderam negociações, romperam o cerco e conquistaram a primeira vitória do governo principal em anos. Agradecimentos basicamente para bin Laden, os comunistas renovaram a sua determinação de lutar em, e o governo sobreviveu por mais três anos.

Esperando explorar sua celebridade, ele se aproximou do Príncipe Turki Al Faisal, que logo seria acabeça da Inteligência Saudita, com um plano para derrubar o regime Marxista no Iêmen. O governo saudita recusou-se e foi importunado bastante para tomar o passaporte de bin Laden. Mas ele se tornou aliado da América na Guerra de Golfo, o que converteu bin Laden em um implacável implacável da família real saudita.

Os sauditas não estavam dispostos a tolerar suas chamadas à insurreição, e rapidamente atuaram contra ele. Em 1991 ele foi expulso do país, e em 1994 a sua cidadania foi revogada “por comportamento irresponsável”.

Juntamente com sua família e um grande grupo de seguidores, bin Laden mudou-se para Kartum no Sudão, onde ele se juntou a Zawahiri e os seus seguidores na Guerra Santa dos Maometanos Islâmicos. O regime Islamâmico sudanês de bin Laden considerava al-Turabi Hassan como uma dádiva de Deus. Ele começou a construir caminhos, pelas quais ele foi pago com fazendas e fábricas, que deram emprego aos Mujaidines desempregados. Ele cultivou amendoins e melancias; e importou caminhões da Rússia, bicicletas da Azerbeijão e couro do mercado de luxo italiano.

No início dos anos 90s os combatentes treinados pela al-Qaeda estiveram implicados em um número de ataques ao redor do mundo, inclusive no bombardeio de World Trade Center de 1993. Mas em meados dos anos 1990 muito pouco se sabia deles; houve uma série de altas perda de lucros e, como a maior parte dos seus empreendimentos de negócios dinheiro faliu, e pela primeira vez na sua vida bin Laden se viu sem dinheiro.

Embora seu ódio a América tivesse diminuído, ele frequentemente dizia aos amigos que estava pensando em desistir da al-Qaeda para se tornar agricultor.

Os assuntos foram tomados de suas mãos por Zawahiri, que vinha usando o Sudão com base para lançar ataques contra alvos egípcios ao redor do mundo. Isto trouxe a um pouco de discórdia sobre prioridades. Bin Laden, segundo notícias, não aprovou o bombardeio suicida de Jihad contra os mulçulmanos em 1995 na embaixada egípcia de Islamabade, que matou 17 pessoas e feriu outras 60, temendo as conseqüências políticas. Ele tinha razão em se preocupar.

O ataque causou ultraje em todas as partes do mundo muçulmano, e consequentemente as autoridades sudanesas sofreram pressões tanto saudita quanto americana para que expulsassem os dois homens e seus seguidores.




Vou traduzir as 07 páginas deste texto ao longo da semana

João.