Irmã Benedita Gomes da Silva Mãe do Ministro Joaquim Barbosa, Presidente do Supremo Tribunal Federal |
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"Mas, como está escrito:
As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,
E não subiram ao coração do homem,
São as que Deus preparou para os que o amam."
I Coríntios 2:9.
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João Cruzue
Confesso que fiquei orgulhoso do testemunho do Ministro Ministro Joaquim Barbosa por ter convidado e escolhido um assento no meio da primeira fileira de cadeiras do plenário do STF para receber a mãe, para participar da cerimônia de posse do ilustre filho na cadeira mais alta do Supremo Tribunal Federal. Eu, que já me cansei de ver o preconceito (pseudo moderno) me senti "vingado" e realizado ao ver Irmã Benedita Gomes da Silva e sua pituca assembleiana, sendo recebida com honra e cumprimentada com admiração pelas maiores autoridades da nação - entre elas, a Presidente Dilma Roussef.
Com
aquela grande sabedoria das idôneas senhoras assembleianas adquirida
nas reuniões semanais de Círculo de Oração, a ex-lavadeira de roupas
deu fiel testemunho do filho, agora Presidente do STF, em poucas
palavras: "O que eu dei foi oração, [o resto] ele lutou por conta
própria." Disse também: "Passei os últimos 52 anos orando pelos meus
filhos". Questionada se o filho, agroa Presidente do Supremo, tinha o
hábito de orar, ela foi sincera: "Ele pode [até] não orar, mas lê a
Bíblia e foi criado no Evangelho.
Irmã
Benedita é mãe de oito filhos e Dr. Joaquim, é o primogênito. Aceitou
Jesus lá pelo ano de 1960, quando ele tinha seis anos. Quando o pai
abandonou o lar, Irmã Benedita enfrentou a bacia de lavar roupa para os
outros - naquela época imagino que ainda não havia tanque. Joaquim,
sendo o mais velho, foi para Brasília trabalhar e ajudar no sustento
dos outros sete irmãos.
Certas
coisas e certos detalhes nunca são comentados, mas ficam explícitos a
uma pequena análise. No momento, o Ministro Joaquim Barbosa é o cidadão
mais respeitado pelo povo brasileiro, que não tem tido sorte de
encontrar referenciais - nos últimos anos - em meio de suas
autoridades, quer sejam civis, militares ou religiosas.
Paulo, o Apóstolo dos gentios, escreveu, na Primeira Carta aos Coríntios, este texto magnífico:
"Mas
Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e
Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. E
Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não
são, para aniquilar as que são."
Eu
quedei e fiquei analisando: O que foi mais decisivo na vida do Ministro
Joaquim Barbosa para que se tornasse, no momento, a melhor referência
de justiça conhecida entre todas autoridades brasileiras: as orações da
mãe, a mão de Deus, ou a sua determinação e aplicação aos estudos?
Se
Barack Obama tinha muitas possibilidades de se tornar um delinquente
social, em vez de se conquistar por duas vezes a Presidência da nação
americana, que chances então teve o moço Joaquim Barbosa, sendo negro,
pobre e árrimo de uma família abandonada pelo pai?
O
papel da mãe, Irmã Benedita Gomes da Silva, foi fundamental. Foi o
Senhor Jesus que ensinou aos discípulos o grande segredo da a oração
persistente: o dever de orar sempre e não desfalecer.
Tenho
certeza, que por muitas vezes o nome do moço Joaquim, longe de casa,
trabalhando e estudando lá em Brasília, foi lembrado e apresentado no
Círculo de Oração de senhoras em Paracatu, frequentado por Irmã
Benedita.
Foi
Deus, com sua boa mão, que prosperou a vida do adolescente Joaquim
Barbosa e cuidou para que ele fosse conduzido por caminhos de paz. Do
restante Joaquim correu atrás. Correu atrás do conhecimento até os
últimos degraus. Do primário à UnB ele sempre estudou em Escola Pública.
Fez dois doutorados na França. Fala fluentemente cinco indiomas, além
do Português. Hoje ele é Presidente do Supremo Tribunal Federal, mas nos
tempos de adolescente ele também foi faxineiro.
Muitas
autoridades e artistas convidados olharam para aquela senhora negra,
assentada bem ao centro da primeira fileira de cadeiras do pelanário,
vestida com trajes conservadores, ostentando na cabeça uma pituca
grisalha. Certamente devem ter percebido que se tratava da mãe do
ministro Barbosa. O que deve lhes ter causado surpresa foi descobrir que
a mãe do protagonista da festa era uma senhora crente. Digo isto, não
para orgulho ou dizer que as pessoas crentes são melhores que as outras.
Não. digo isto, porque por causa do preconceito que sempre foi grande,
diminuiu, mas ainda existe no meio da sociedade.
Há
tantas coisas ruins acontecendo por aí... e certas pessoas elevam suas
frontes para cima e põem a culta em Deus. De fato, há mesmo muitas
coisas ruins acontecendo e muitas pessoas destruindo e sendo destruídas
umas pelas outras.
Mas aí eu paro, e faço esta pergunta para mim mesmo: Por trás das pessoas envolvidas nestas coisas ruins, havia uma mãe que tinha o hábito de orar, um filho que lia a Bíblia e um Deus como referência central da família? O que estou dizendo, não é o exemplo exato da noção de fundamentalismo cristão - tão criticado? Talvez seja criticado, porque funciona.
Mas aí eu paro, e faço esta pergunta para mim mesmo: Por trás das pessoas envolvidas nestas coisas ruins, havia uma mãe que tinha o hábito de orar, um filho que lia a Bíblia e um Deus como referência central da família? O que estou dizendo, não é o exemplo exato da noção de fundamentalismo cristão - tão criticado? Talvez seja criticado, porque funciona.
A
corrupção para mim é um ato de loucura. O que aconteceu na vida do
Ministro Barbosa foi um milagre de Deus, demonstrando para toda
sociedade que se não houvesse tanto roubo e tanto desvio de dinheiro a
existência de outros Barbosas seria a regra, sem a necessidade de milagres.
Quando o Ministro Barbosa foi escolhido para relatar a Ação Penal 470, sendo ele negro e tendo em sua história um passado de pobreza, preconceito e privação, eu não vejo de outra forma, senão o falar de Deus a nossa nação. Por que justo a Joaquim foi dado a responsabilidade de relatar o mensalão? E por que ele tem se mostrado tão atrevido, com um comportamento tão criticado entre seus pares e por causa da língua tão ferina e sem papas? Para mim isto pode não ser só coincidência. As orações da mãe produziram na vida do filho uma resposta muito maior do que ela sequer poderia imaginar. E este é o padrão de resposta divina à oração persistente. E por persistente, aqui, não me estou referindo a rezar um rosário, mas a dialogar com Deus com palavras sinceras e não decoradas.
Quando o Ministro Barbosa foi escolhido para relatar a Ação Penal 470, sendo ele negro e tendo em sua história um passado de pobreza, preconceito e privação, eu não vejo de outra forma, senão o falar de Deus a nossa nação. Por que justo a Joaquim foi dado a responsabilidade de relatar o mensalão? E por que ele tem se mostrado tão atrevido, com um comportamento tão criticado entre seus pares e por causa da língua tão ferina e sem papas? Para mim isto pode não ser só coincidência. As orações da mãe produziram na vida do filho uma resposta muito maior do que ela sequer poderia imaginar. E este é o padrão de resposta divina à oração persistente. E por persistente, aqui, não me estou referindo a rezar um rosário, mas a dialogar com Deus com palavras sinceras e não decoradas.
"Mas, como está escrito:
As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,
E não subiram ao coração do homem,
São as que Deus preparou para os que o amam."
Este
presente de renovação da esperança na justiça que o povo brasileiro
está recebendo no Natal, não é outra coisa senão o resultado de 52 anos
de orações "perturbando" os ouvidos de Deus.
Para
minha irmã assembleiana, de trajes crentes e pituca grisalha, este é
meu versículo deixado para sua meditação. Como também aproveito a
oportunidade para agradecer a Deus pela vida da senhora, do seu filho
Joaquim Barbosa e por que se lembrou da falta de referência e esperança
na justiça de nosso povo mais simples, que "quase" já tinha desanimado e
se acostumado aos jultamentos de faz de contas dos grandes corruptos da
sociedade brasileira.
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