Com medo da prisão, tribos de desordeiros hindus, perseguidores de cristãos
em Kandhmal, agora fogem também para o mato.
Data: 10 de outubro de 2008
photo: AICC
Agitadores e baderneiros Kandhs da VHP
Data: 10 de outubro de 2008
photo: AICC
Agitadores e baderneiros Kandhs da VHP
Jornal The Times of India
Tradução de João Cruzué
Tradução de João Cruzué
(cópia só com minha autorização)
Tão logo a polícia de Kandhmal adotou severas medidas contra os agitadores Kandhs neste distrito do Estado de Orissa, hordas de membros tribais estão abandonando suas aldeias e se escondendo nas florestas. Este novo fenômeno começou há poucos dias depois que o Ministro chefe Naveen Patnaik, agora sob intenssa pressão do governo Federal para averiguar a violência local, ordenou medidas pesadas e severas contra as pessoas tolerantes e participantes de motins contra os cristãos.
O Governo Central da Índia disparou uma série de fortes advertências ao governador de Orissa, que começou a reveter a situação. O número de detenções de desordeiros no distrito Kandhmal subiu rapidamente para 575 pessoas. Várias aldeias ficaram quase totalmente vazias, em vista das detenções em larga escala. A maior parte dessas pessoas fugiram de suas aldeias" disse um antigo funcionário . Membros da tribo dos Kandh de Kandhmal, estão em guerra com os Panas, pertencentes à casta Scheduled ou anteriormente chamada de Dalits ou intocáveis cuja maioria são de cristãos. Os Kandh estão atualmente no foco das autoridades por continuar com os ataques, que começaram no Natal de 2007.
Depois das lembranças dos violentos protestos do final de dezembro terem saído de suas mentes, o assassinato de Swami Laxmanananda Saraswati em 23 de agosto passado veio acrescentar mais lenha em uma fogueira antiga, reacendendo ódio para um ataque em larga escala contra as mesmas pessoas que eles têm diferenças durante anos.
"A ação de polícia está prestes se realizar em tal situação. Além de estarem envolvidos em distúrbios há alegações da ameaça da reconversão contra algumas pessoas. Estamos investigando isso," disse Madhusudan Padhi, administrador especial de Kandhmal.
Padhi disse que adotaria medidas para registros em cada campo e pediria às pessoas para anotar suas reclamações, inclusive as ameaças da reconversão, se houver alguma. O número de Cristãos nos campos de refugiados, segundo ele, caiu desde então a um pouco além de 12,000. "Isto é um bom sinal", acrescentou.
Embora os campos de refugiados dirigidos pelo governo fornecessem abrigos para muitos, o que emergiu como um novo problema para a administração é como levá-los de volta as suas casas. A maioria dos refugiados queixam-se que estão sendo aterrorizados para se reconverterem ao hinduísmo, o que eles não estão dispostos fazer. A falta do que fazer nos campos, também os está deixando agitados, especialmente os homens.
Mas, a vida nos campos de refúgio não é boa, e os relatórios que vêm de lá apontam isso. É praticamente uma vida de cão, de pessoas infelizes, que perderam ou deixaram tudo para trás, apressando-se por suas vidas, sem conseguir levar nada.. As pessoas defecam ao ar livre e muita dividem uma única esteira para dormir no assoalho . Kandhmal é altamente propenso à malária, nem todo mundo tem um mosquiteiro para dormir. E as redes fornecidas são pequenas para cobrir uma pessoa adulta.
A situação é tão miserável que às vezes uma barra de sabão ou um pequeno saquinho de óleo são fornecidos para o uso de muitos. Isto está fora do dinheiro gasto do fundo de contingências para cobrir outras despesas.
Fonte: The Times of India
Comentários de João Cruzué: a repercusão mundial dos motins e da grave perseguição contra cristãos em Kandhmal, distrito de Orissa, não pôde ser abafada ou ignorada. Manifestações de repúdio vindas de vários países surtiram a pressão e os efeitos necessários sobre o Governo Central indiano. Dentre essas manifestações cabe destacar a passeata realizada em Londres. As fotos de selvageria divulgadoas pela Internet e notícias inimagináveis de um país considerado o berço da não violência, do estadista Mahatma Ghandi, chocaram o mundo.
O governo indiano está envergonhadíssimo por causa do estupro de uma freira por quatro "bestas" hindus, enquanto outra jovem católica de um orfanato foi amarrada e queimada viva - sua foto divulgada na internet é a pior imagem da perseguição de Kandhmal. Além da morte de pastores, de centenas de igrejas incendiadas, e milhares de casas destruídas por baderneiros da VHP - Vishaw Hindu Parishad. Foi esta associação hindu quem acusou propositalmente os cristãos de Kandhmal de terem assassinado um Swami local. Na verdade as autoridades hindus estão prestes a colocar as mãos nos verdadeiros assinos: um grupo de maoistas. Mao Tse-tung se foi, mas ainda deixou algumas bestas assassinas como seguidores.
Andei recebendo comentários de estrangeiros justificando que os fundamentalistas hindus estão cobertos de razão em perseguir cristãos, pois em um passado de 200 ou mais anos, foram humilhado por estes. Minha resposta será sempre a mesma: um erro não justifica o outro. Uma matança atual não deve ser escondida debaixo do tapete da indiferença e não se justifica por causa do passado. Toda pessoa deve ser respeitada. Não importa sua cor, raça, religião ou com gostam de dizer os gays - sua opção sexual. Tirar a vida de alguém em nome de qualquer justificativa hoje é uma barbárie e não tem suporte bíblico sob égide do Novo Testamento firmado com o sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quero terminar, solicitando a você que está lendo este comentário que repasse adiante esta notícia: que o governo indiano colocou freios naquela barbárie. Os campos de refugiados cristãos ainda existem, e não têm previsão de rápido esvaziamento. Entretanto, agora quem está fugindo para o mato, para a floresta, com medo das autoridades locais são os perseguidores. A situação se reverteu, porque o mundo inteiro, inclusive nós, não deixamos passar em branco tamanhas atrocidades. Graças a Deus, à solidariedade e a Internet.
Repasse porque há muitas famílias brasileiras que têm parentes trabalhando em missões na Índia e precisam de ouvir boas e verdadeiras notícias. Esta batalha já está vencida pelas nossas orações. Foi Jesus que nos deu esta grande vitória. Aleluia!
cruzue@gmail.com
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